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Doença de Crohn

Síndrome afeta o sistema digestivo e causa dor abdominal, diarreia, febre, perda de peso e enfraquecimento

O que é a Doença de Crohn?

A Doença de Crohn é uma enfermidade inflamatória crônica do intestino, que pode afetar todo o sistema digestivo, mas tem maior incidência no íleo terminal (parte inferior do intestino delgado) e no cólon (parte central do intestino grosso).

Também chamado de Síndrome ou Mal de Crohn, esse processo inflamatório é extremamente invasivo e compromete todas as camadas da parede intestinal: mucosa, submucosa, muscular e serosa.

A Doença de Crohn se manifesta igualmente em homens e mulheres e, em grande parte dos casos, em parentes próximos. A incidência é maior entre os 20 e os 40 anos e mais alta nos fumantes.

Tendo como principal sintoma dor abdominal associada à diarreia, febre, perda de peso e enfraquecimento por causa da dificuldade para absorver os nutrientes, esse diagnóstico não é simples, pois pode ser confundido com outras doenças de intestino. A condição pode ser, ainda, um fator de risco para o desenvolvimento do câncer de intestino.

Crohn e outras doenças do intestino

Como a Doença de Crohn se comporta como a colite ulcerativa (em determinadas situações, é difícil diferenciar uma da outra), as duas doenças são agrupadas na categoria de doenças inflamatórias intestinais (DII).

Diferentemente da Síndrome de Crohn, em que todas as camadas estão envolvidas e na qual pode haver segmentos de intestino saudável, normal, entre os segmentos do intestino doente, a colite ulcerativa afeta apenas a camada mais superficial (mucosa) do cólon, e de modo contínuo.

Dependendo da região afetada, a doença de Crohn era chamada de ileíte, enterite regional ou colite. Para reduzir a confusão, o termo Doença de Crohn é usado para identificar a condição em qualquer região do sistema digestivo (íleo, cólon, reto, ânus, estômago, duodeno). Ela é chamada desta forma porque Burril B. Crohn foi o primeiro nome de um artigo de três autores, publicado em 1932, que descreveu a doença.

Quais são os principais sintomas da doença?

Os principais sinais são:

  • Diarreia crônica (intensa e persistente)
  • Cólicas abdominais
  • Fezes com muco ou sangue
  • Dor na região do estômago
  • Cansaço excessivo frequente
  • Vontade repentina para defecar
  • Aftas
  • Febre persistente entre 37,5º a 38º
  • Perda de peso sem razão aparente
  • Enfraquecimento por causa da dificuldade para absorver os nutrientes
  • Perda de apetite
  • Dores articulares
  • Inflamação dos olhos
  • Sangramento no reto
  • Lesões da região anal, incluindo hemorroidas, fissuras, fístulas e abscessos
  • Pedras nos rins ou vesícula biliar

Os primeiros sintomas da Síndrome de Crohn podem levar meses ou anos para aparecer, porque depende da extensão da inflamação.

Alguns pacientes podem apresentar um ou mais sintomas e não desconfiar de Crohn, já que as reações podem ser confundidas com outras doenças intestinais (colite, Síndrome do Intestino Irritável, por exemplo).

Além disso, os sinais da doença de Crohn normalmente aparecem em fases, conhecidas como "crises", e, depois, tendem a desaparecer completamente, até que um novo período crítico recomece.

O que provoca a Doença de Crohn?

A causa da condição é desconhecida, mas não estão descartadas as hipóteses de que seja provocada pela desregulação do sistema imunológico, ou seja, do sistema de defesa do organismo. Fatores genéticos, ambientais, dietéticos ou infecciosos também podem estar envolvidos.

Alguns fatores de risco que estão relacionados com o surgimento da Doença de Crohn são:

  • Tabagismo: o cigarro possui substâncias como a nicotina, monóxido de carbono e radicais livre que podem alterar a forma como o sangue flui para os intestinos e, assim, aumentar o risco de desenvolver a doença ou contribuir para o aumentar as crises
  • Fatores genéticos: é mais comum em pessoas que têm um parente próximo com a doença
  • Alterações do sistema imunológico: que leva a uma resposta exagerada do organismo durante uma infecção, provocando um ataque às células do sistema digestivo
  • Alterações na microbiota intestinal: o que pode causar desequilíbrio na quantidade de bactérias presentes no intestino
  • Componentes emocionais: pressões psicológicas como alto estresse, preocupação e ansiedade
  • Uso de certos medicamentos: como anticoncepcionais orais, antibióticos ou anti-inflamatórios como ibuprofeno ou diclofenaco, por exemplo

Esta síndrome pode aparecer em qualquer fase da vida e afeta tanto homens como mulheres.

Doença de Crohn é grave?

Os medicamentos disponíveis atualmente reduzem a inflamação e habitualmente controlam os sintomas, mas não curam a doença. Embora seja uma enfermidade crônica, a Síndrome de Crohn não é considerada uma doença fatal.

Quase todas as pessoas que sofrem desta condição mantêm uma vida útil e produtiva, apesar de algumas delas necessitarem de hospitalização nos períodos de maior atividade da inflamação. Entre os períodos de crise, a maioria dos pacientes sentem-se bem e ficam relativamente livres de sintomas, levando uma rotina normal.

A condição pode causar algumas complicações no intestino ou em outras partes do corpo como pele ou ossos, por exemplo. Outras possíveis complicações dessa síndrome incluem:

  • Estreitamento do intestino, que pode levar à obstrução e necessidade de cirurgia
  • Ruptura do intestino
  • Formação de úlceras no intestino, na boca, no ânus ou na região genital
  • Formação de fístulas no intestino, que são uma conexão anormal entre diferentes partes do corpo, por exemplo, entre o intestino e a pele ou entre o intestino e outro órgão
  • Fissura anal, que é uma pequena rachadura no ânus
  • Desnutrição, que pode levar à anemia ou osteoporose
  • Inflamação nas mãos e pernas, com aparecimento de caroços sob a pele
  • Aumento da formação de coágulos sanguíneos, que podem causar obstrução de veias e artérias

Sem ter que tratar complicações e contornando os sintomas, é preciso ainda ficar atento e consultar o médico gastroenterologista regularmente para fazer o acompanhamento com exames de imagem e de sangue pelo fato da Doença de Crohn ser um fator de risco para o câncer de intestino.

Como diagnosticar e tratar a doença?

O exame clínico, o levantamento do histórico médico do paciente e exames de sangue são instrumentos importantes para identificar a Doença de Crohn.

No entanto, como a enfermidade pode comprometer todo o aparelho digestivo e desenvolver sintomas semelhantes aos de outras doenças gastrointestinais, é necessário localizar as áreas afetadas por meio de exames de imagem como endoscopia digestiva, colonoscopia, raios-X do trânsito intestinal (enema opaco), tomografia e ressonância magnética, a fim de estabelecer o diagnóstico definitivo.

Ainda não se conhece a cura para Crohn. Mesmo quando ocorrem períodos de remissão espontânea, as crises podem retornar.

Por ser uma inflamação crônica, o tratamento é realizado inicialmente com medicamentos. A prescrição vai depender da avaliação médica, de acordo com a gravidade da inflamação, para a melhora dos sintomas e a cicatrização do intestino. As opções terapêuticas variam de medicamentos para reprimir o processo inflamatório e infeccioso (corticoides, antibióticos, imunomoduladores e biológicos), sendo a cirurgia indicada apenas nos casos com complicações.

Para portadores da síndrome, a alimentação é fator determinante para não desencadear novas fases críticas de sintomas. É importante fazer uma dieta balanceada, orientada por um nutricionista, ou consultar um nutrólogo.

Como prevenir as crises da Síndrome de Crohn?

Não existe causa específica para que a pessoa desenvolva a Doença de Crohn, mas ter uma alimentação saudável balanceada, evitando comidas gordurosas de origem animal e incluindo mais alimentos ricos em fibra, não fumar e praticar atividade física regularmente são hábitos que ajudam no seu controle.

A maioria dos doentes, quando entra em remissão, leva uma vida praticamente normal. Algumas medidas simples podem ajudar a prevenir as crises:

  • Não fumar
  • Praticar atividade física moderada
  • Identificar os alimentos que lhe fazem mal e evitar os que podem agravar os sintomas
  • Controlar o peso
  • Evitar situações de estresse
  • Reduzir a ingestão de alimentos gordurosos de origem animal e os ricos em fibra
  • Consultar um nutricionista para obter uma dieta balanceada
  • Verificar o aspecto das fezes ao evacuar (se notar sinais de sangue e alterações sem justificativa aparente nos hábitos intestinais, é bom agendar uma consulta médica com brevidade)
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