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Enxaqueca

Doença neurológica provoca dor de cabeça latejante, que pode durar dias

Artigo revisado pelo Dr. Fábio Poianas Giannini (CRM 100.689)

O que é enxaqueca?

A enxaqueca é um tipo de dor de cabeça capaz de causar uma sensação dolorosa, latejante ou de pulsação, em geral em um dos lados da cabeça. Em muitas ocasiões é acompanhada de vômitos, náuseas e grande sensibilidade ao som e à luz.

A duração dos ataques de enxaqueca pode ser de algumas horas até dias. A intensidade da dor é capaz de interferir nas atividades cotidianas da pessoa. Para alguns pacientes, ocorre um sintoma ou sensação de alerta, a chamada "aura”, que vem junto a dor de cabeça ou antes de ela surgir.

A “aura" de cada pessoa é diferente, mas, na maioria dos casos, afeta a visão. O paciente pode ver luzes piscando, pontos brilhantes ou linhas em zigue-zague ou perder parte da visão.

Também é possível sentir dormência e formigamento nos lábios e na parte inferior da face e dedos de uma mão. Algumas pessoas ainda ouvem sons ou têm zumbidos nos ouvidos.

Determinados remédios são capazes de ajudar na prevenção de alguns tipos de enxaquecas. Em combinação com alterações no estilo de vida, os medicamentos certos podem auxiliar na qualidade de vida do paciente.

Quais são os principais sintomas?

As enxaquecas afetam adultos, adolescentes e crianças. O problema pode avançar em quatro fases: pródromo, aura, ataque e pós-drome. Porém, nem todo mundo passa por todos os estágios.

Conheça os sintomas de cada fase:

Pródromo

Ocorre um ou dois dias antes de uma enxaqueca. A pessoa pode perceber alterações sutis que servem de alerta sobre uma crise. Isso inclui:

  • Rigidez do pescoço
  • Constipação (prisão de ventre)
  • Alterações de humor, que vão da euforia à depressão
  • Desejos por comidas específicas
  • Aumento da vontade de urinar
  • Retenção de fluidos
  • Bocejo frequente

Aura

Alguns pacientes relatam a ocorrência de uma aura antes ou ao longo de um ataque. Auras são sintomas reversíveis do sistema nervoso. Em geral, são visuais, mas podem incluir ainda outros distúrbios. Cada sintoma costuma começar gradualmente, aumentar durante vários minutos e chegam a durar até 60 minutos.

Alguns exemplos de auras de enxaqueca incluem:

  • Perda de visão
  • Dificuldades na fala
  • Sensações de formigamento em uma perna ou braço
  • Dormência ou fraqueza em um lado do corpo ou no rosto
  • Fenômenos visuais, como ver formas variadas, flashes de luz ou pontos brilhantes

Ataque

Em geral, uma enxaqueca dura de 4 a 72 horas (três dias) se o paciente não a tratar. A frequência com que acontecem costuma variar de pessoa para pessoa e o problema pode atacar diversas vezes por mês ou ocorrer raramente.

Ao longo de uma crise, o paciente pode apresentar:

  • Vômito e náusea
  • Dores que pulsam ou latejam
  • Muita sensibilidade ao som, à luz e, às vezes, toques e cheiros
  • Dores, em geral, em um lado da cabeça. Porém, pode atacar ambos os lados

Pós-drome

Depois de um ataque, é possível que a pessoa se sinta esgotada, confusa e exausta por até um dia. Alguns pacientes relatam se sentir até mesmo eufóricos. Mas é preciso ter cuidado, porque até mesmo um repentino movimento da cabeça pode resultar novamente em uma breve dor. Quais são os tipos de enxaqueca?

Há diversos tipos de enxaqueca, como:

  • Enxaqueca comum (enxaqueca sem aura): ocorre sem o aviso da aura, mas os demais sintomas são iguais

  • Enxaqueca com aura: ocorre entre 15% e 20% dos pacientes com a doença

  • Enxaqueca complicada: é caracterizada nos casos em que sintomas neurológicos focais ultrapassam a crise por mais de 24 horas ou quando um déficit neurológico permanente se desenvolve

  • Enxaqueca sem dor de cabeça: “enxaqueca cefálica” ou “enxaqueca silenciosa”, como também é conhecida, inclui a aura, mas sem a dor cabeça comum. No entanto, pode apresentar os outros sintomas da síndrome

  • Enxaqueca hemiplégica: o paciente apresenta uma paralisia temporária (chamada hemiplegia) ou alterações sensoriais e neurológicas em um lado do corpo. O começo da dor pode estar ligado à fraqueza extrema em um lado do corpo, dormência temporária, sensação de formigamento, alterações na visão ou tontura e perda de sensibilidade. Inclui dor de cabeça ou não

  • Enxaqueca ocular (enxaqueca retiniana): o paciente pode perceber uma perda temporária da visão em um dos olhos, total ou parcial. Ela ocorre em conjunto com uma dor incômoda atrás do olho, sensação capaz de se alastrar para o resto da cabeça. A perda de visão pode durar minutos ou meses

  • Enxaqueca crônica: a enxaqueca é considerada crônica se ocorrer ao menos 15 dias por mês. A gravidade da dor pode mudar com frequência, assim como os sintomas

  • Enxaqueca com aura de tronco cerebral: provoca fala arrastada, vertigem, perda de equilíbrio ou visão dupla, que antecedem a dor de cabeça. As dores podem afetar a parte de trás da cabeça. Em geral, esses sintomas ocorrem de maneira repentina e podem estar relacionados a vômitos, incapacidade de falar corretamente e zumbido nos ouvidos

  • Estado migranoso: é um tipo grave e raro capaz de durar mais de 72 horas. A náusea e a dor de cabeça costumam ser intensas. Esse tipo de condição pode ser causado pelo uso ou pela retirada de medicamentos

Quais são as causas da enxaqueca?

Embora as causas do problema não sejam totalmente compreendidas, fatores ambientais e a genética parecem ter um papel importante no seu surgimento.

Também podem estar envolvidas mudanças no tronco cerebral e suas relações com o nervo trigêmeo, uma via de dor importante no crânio. Pode ser resultado ainda de desequilíbrios em substâncias químicas do cérebro, o que inclui a serotonina, que auxilia na regulação da dor no sistema nervoso.

Quais são os gatilhos da enxaqueca?

Há uma série de gatilhos para o problema, incluindo:

  • Alterações hormonais: muitas mulheres parecem ter dores de cabeça desencadeadas por flutuações no hormônio estrogênio, como durante ou antes dos períodos menstruais, menopausa e gravidez

  • Bebidas: vale para o excesso de cafeína, como no café, ou no álcool, em especial compostos com vinho e/ou tanino

  • Enxaqueca e estresse: estresse em casa ou no trabalho é capaz de causar a condição

  • Estímulos sensoriais: enxaquecas podem ser induzidas por luzes brilhantes ou piscantes, assim como sons em alto volume. Odores fortes, como perfume, produtos de limpeza e fumo passivo, desencadeiam o problema em algumas pessoas

  • Alterações do sono: em algumas pessoas, perder noites de sono ou dormir em excesso consegue desencadear a condição

  • Fatores físicos: esforço físico intenso, incluindo atividade sexual, pode causar enxaquecas

  • Alterações climáticas: alterações na pressão atmosférica ou de clima pode provocar esse tipo de dor de cabeça

  • Medicamentos: anticoncepcionais orais e vasodilatadores são capazes de agravar o problema

  • Alimentação: alguns tipos de queijos, como os envelhecidos, e alimentos salgados e processados podem desencadear enxaquecas. Outro gatilho é pular refeições

  • Aditivos alimentares: estes incluem o conservante glutamato monossódico ou o adoçante aspartame, presentes em muitos alimentos, e que podem gerar enxaqueca

Quais são os fatores de risco para enxaqueca?

Diversos fatores fazem com que pessoa tenha maior propensão a desenvolver o problema, incluindo:

  • Histórico familiar: caso a pessoa tenha um integrante da família com enxaqueca, tem risco maior de desenvolvê-la

  • Idade: o começo do problema pode ocorrer em qualquer idade, embora a primeira crise surja com mais frequência na adolescência. Tende a atingir o pico por volta dos 30 anos e, de maneira gradual, se torna menos frequente e menos grave nas décadas seguintes

  • Sexo: mulheres têm uma propensão três vezes maior do que homens a ter o problema

  • Alterações hormonais: para mulheres que sofrem dessa condição, as dores de cabeça podem ter início pouco antes ou após o começo da menstruação e são capazes de mudar ainda ao longo de uma gravidez ou da menopausa

Qual é o tratamento?

O tratamento busca interromper os sintomas e prevenir ataques futuros. Muitos medicamentos foram desenvolvidos para tratar enxaquecas e se encaixam em duas categorias:

  • Medicamentos para alívio das dores: são elaborados para interromper os sintomas e devem ser tomados durante os ataques. Esse uso é conhecido como tratamento agudo

  • Medicamentos preventivos: são tomados regularmente, em geral diariamente, para diminuir a frequência ou a gravidade dos ataques As opções de tratamento dependem da gravidade e frequência das dores de cabeça da pessoa. Também é levado em conta se ela tem náuseas e vômitos com as dores de cabeça, quão incapacitantes são as dores e outras condições médicas que ela apresenta. Terapias complementares para a enxaqueca

As terapias não tradicionais podem ajudar na dor crônica da enxaqueca, embora não sejam o principal pilar do tratamento.

  • Acupuntura: estudos descobriram que a acupuntura pode ser útil para dores de cabeça. Neste tratamento, um médico insere agulhas finas e descartáveis em várias áreas da pele em pontos definidos

  • Psicoterapia: a terapia cognitivo-comportamental pode beneficiar algumas pessoas com enxaqueca. Esta abordagem ensina como comportamentos e pensamentos afetam a forma como a pessoa percebe a dor

  • Meditação e ioga: a meditação pode aliviar o estresse, gatilho conhecido das enxaquecas. Praticada regularmente, a ioga consegue diminuir a duração e a frequência do problema

Como prevenir a enxaqueca?

Quando os sintomas começam, muitos pacientes se beneficiam ao ir para um quarto escuro e silencioso. Fechar os olhos e descansar ou tirar uma soneca pode ajudar. Colocar um pano frio ou bolsa de gelo enrolada em uma toalha ou pano na testa também é uma opção.

Não há cura para a enxaqueca, mas a pessoa pode assumir um papel ativo na gestão das crises, com a possibilidade de diminuir sua frequência e controlar a gravidade delas com estas dicas:

  • Procure dormir por um período de sete a nove horas por noite

  • Se alimente em intervalos regulares. Beba muita água e não pule refeições

  • Mantenha um peso saudável e se exercite com regularidade

  • Siga as indicações de um médico para tomar medicamentos

  • Crie um diário das enxaquecas. Anote os alimentos e outros gatilhos que possam ter causado uma crise. Altere sua dieta e sempre que possível evite os gatilhos

  • Se suas enxaquecas tiverem relação com o ciclo menstrual, fale com um médico sobre terapia hormonal

  • Aprenda métodos de controle do estresse, como ioga, meditação, técnicas de respiração ou relaxamento

Quando procurar ajuda médica?

Em geral, as enxaquecas não são diagnosticadas e tratadas. Se a pessoa tem regularmente sinais e sintomas do problema, é recomendável manter um registro de ataques e como os tratou.

Em seguida, é importante agendar uma consulta para falar sobre as dores com um médico, geralmente um neurologista. Mesmo se o paciente tiver histórico de dores de cabeça, deve consultar um profissional caso as dores de repente pareçam diferentes ou o padrão se altere.

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