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Esquizofrenia

Doença mental grave envolve psicose crônica ou recorrente e afeta o julgamento do indivíduo sobre a realidade

O que é a esquizofrenia?

Transtorno psiquiátrico marcado principalmente pela perda de conexão com a realidade, a esquizofrenia é uma doença mental que costuma se manifestar, frequentemente, no fim da adolescência e início da vida adulta, embora possa ocorrer ao longo de toda a vida. Doença da própria condição humana, que não depende de fatores externos, ela acomete 1% da população, de todas as etnias, povos e culturas.

A esquizofrenia é uma doença psiquiátrica endógena, ou seja, causada por fatores internos do próprio organismo de quem a desenvolve, caracterizada principalmente por alucinações visuais e auditivas, além do isolamento social.

A pessoa com esse transtorno tem dificuldades de entender a diferença entre o imaginário e o que é real (isso é chamado de psicose). Por isso, o distúrbio é identificado quando o paciente ouve e vê coisas que, na verdade, não existem para mais ninguém.

A esquizofrenia é um transtorno que envolve psicose crônica ou recorrente, influenciando nos aspectos social e ocupacional, dependendo do grau dos sintomas. Por exemplo, alguém com mania de perseguição pode imaginar todos ao redor organizando um complô. Se isso ficar apenas no nível de pensamento, a tendência é surgir sintomas de ansiedade e depressão. Contudo, quando gera comportamentos inapropriados, é fundamental haver precaução, para que o paciente não coloque sua vida e de outras pessoas em risco.

Ela é classificada pela Organização Mundial de Saúde (OMS) como uma das 10 principais doenças que mais interferem na mortalidade e capacidade laboral do ser humano, afetando cerca de 20 milhões de pessoas em todo o planeta. No entanto, vale destacar que a esquizofrenia tem tratamento e nada tem a ver com dupla personalidade. Com o diagnóstico precoce e um tratamento adequado à condição, a pessoa pode ter uma boa qualidade de vida.

Um desafio aos psiquiatras e psicólogos que cuidam desses pacientes é o fato de, muitas vezes, eles não aceitarem a existência da doença. Acreditam que suas experiências são totalmente reais, demandando conhecimento e experiência dos profissionais para lidarem com as reações e poderem tratar o distúrbio.

Origem da esquizofrenia

Atualmente, a esquizofrenia normalmente é confundida com os transtornos de personalidade ou bipolaridade. No entanto, esta doença é conhecida há bastante tempo e era, antigamente, chamada de psicose, em função dos sintomas manifestados em surto, pois não se tinha conhecimento suficiente sobre esta condição.

A esquizofrenia foi descoberta e conhecida como demência precoce pelo psiquiatra alemão Emil Kraepelin. Mas, no século XX, ela recebeu esse nome do psiquiatra suíço Eugen Bleuler, em 1911. O termo tem origem nas raízes gregas schizo (cindir, dividir) e phren (mente), descrevendo o transtorno, quando as funções mentais estão fragmentadas nesses pacientes, divididas entre a realidade e os delírios e alucinações.

Quais são os sinais psicológicos/comportamentais?

  • Delírios de controle, influência e passividade sobre situações impossíveis
  • Alucinações persistentes visuais e com vozes
  • Pensamentos confusos
  • Falta de atenção e concentração
  • Problemas de memória
  • Indiferença afetiva ou dificuldade de demonstrar afeto
  • Discurso desorganizado
  • Comportamento motor estereotipado, com tiques ou catatônico
  • Interesse excessivo por religião ou ocultismo
  • Isolamento social
  • Risco de suicídio ou de ferir gravemente outras pessoas
  • Diminuição da fala e prejuízo da linguagem
  • Negligência na higiene pessoal e aparência
  • Perda de interesse em atividades cotidianas

Quais podem ser as causas da esquizofrenia?

As causas da esquizofrenia ainda são desconhecidas pelos especialistas. No entanto, acredita-se que fatores genéticos e ambientais podem levar ao desenvolvimento da doença. Uma pessoa com um familiar diagnosticado com o transtorno tem um risco 10 vezes maior de também manifestar os sintomas.

Alguns fatores que podem provocar o distúrbio mental são o uso de drogas lícitas e ilícitas; infecções virais do sistema nervoso central; doenças autoimunes, idade mais avançada dos pais; complicações intrauterinas, do parto ou pós-natais; episódios de convulsão na infância; pancadas fortes na cabeça; traumas e negligência na infância.

Além disso, é proposta a teoria das alterações no funcionamento de neurotransmissores, como dopamina, serotonina e glutamato, para explicar o desenvolvimento desse transtorno psiquiátrico.

Quais são os tipos de esquizofrenia?

Existem alguns tipos de esquizofrenia:

  • Esquizofrenia paranoide: predomínio de alucinações e delírios
  • Esquizofrenia desorganizada ou hebefrênica: predominante pensamento e discurso desconexo
  • Esquizofrenia catatônica: paciente apresenta mais alterações posturais, com posições bizarras mantidas por longos períodos e resistência passiva e ativa a tentativas de mudar sua posição
  • Esquizofrenia simples: sem ter delírios, alucinações ou outras alterações bruscas de comportamento, o paciente vai perdendo progressivamente sua afetividade, capacidade de interagir com pessoas, acarretando um prejuízo crescente de seu desempenho social e ocupacional
  • Esquizofrenia residual: é a forma crônica da doença, que acontece quando os critérios para esquizofrenia ocorreram no passado, mas não estão ativos atualmente. Porém, sintomas como lentificação, isolamento social, falta de autocuidado ou expressão facial diminuída ainda persistem.

Como diagnosticar a esquizofrenia?

Não existe um exame específico que diga se a pessoa sofre ou não de esquizofrenia. Para diagnosticar o transtorno, deve-se excluir a possibilidade de outras doenças ou do abuso de substâncias que possam causar os mesmos sintomas. Exames clínicos como laboratoriais (toxicológicos, bioquímicos) e estudo de imagens, além da avaliação clínica, são usados apenas para descartar outros tipos de problemas (sejam transtornos mentais ou doenças orgânicas).

A partir disso, psicólogos e psiquiatras podem dar o diagnóstico a partir da observação comportamental. Os fatores observados pelos especialistas para identificar a doença são:

  • Apresentação dos sintomas por 6 meses ou mais;
  • Presença de (pelo menos) 2 sintomas típicos, como a alucinação, delírios, fala desorganizada e sintomas comportamentais por 4 semanas, no mínimo;
  • Deficiência considerável em atividades do dia a dia, como as profissionais, domésticas ou escolares.

Esquizofrenia tem cura?

Esquizofrenia não tem cura. É preciso buscar a ajuda de equipe multidisciplinar para orientar o paciente da melhor forma. Em geral, o tratamento para esquizofrenia é feito para controlar os sintomas e proporcionar uma melhor qualidade de vida, pelo uso de medicamentos e acompanhamento médico.

Sem tratamento, o surto psicótico de um esquizofrênico pode durar semanas e até vários meses. Quanto antes o tratamento for iniciado, melhor é o prognóstico do distúrbio. A esquizofrenia é uma doença progressiva, e sem tratamento os surtos se tornam cada vez mais frequentes e deixam cada vez mais sintomas residuais, afetando atividades profissionais e sociais. Em alguns casos, o delírio pode ficar crônico e passar a pautar a rotina do paciente: ele tende a incorporar o delírio ao seu dia a dia e começa a promover mudanças para conviver com ele, o que piora sua qualidade de vida.

Quando o tratamento começa logo após o primeiro surto, o paciente tende a retomar sua vida normalmente e o risco de novos surtos diminui. Além dos medicamentos, também podem ser necessárias algumas terapias para ressocialização. Quem já está em tratamento não deve interrompê-lo apenas porque está bem, pois os surtos podem voltar a aparecer. Se tratada, é possível viver bem com a esquizofrenia.

Como tratar a doença?

Como o tratamento de todo transtorno mental, o paciente deve ser assistido por um psiquiatra para fazer exames e recomendar medicação e também por um psicólogo, para realizar a Terapia Cognitivo-Comportamental (TCC). O foco é combater os sintomas, ajudar a reabilitar a pessoa para ter autonomia na sua rotina e promover seu convívio social, para melhorar a qualidade de vida do paciente.

O psiquiatra pode receitar medicamentos antipsicóticos, como Risperidona, Quetiapina ou Clozapina. Os antipsicóticos (neurolépticos) devem ser tomados somente sob orientação médica. Eles ajudam a reduzir os desequilíbrios bioquímicos que causam a esquizofrenia e diminuem a probabilidade de recaída.

Há dois grupos de medicamentos antipsicóticos:

  • Antipsicóticos típicos (convencionais): controlam os sintomas “positivos” da doença, como alucinações, delírios e outras confusões mentais; são mais baratos.
  • Antipsicóticos atípicos (“de nova geração”): tratam tanto os sintomas positivos da esquizofrenia quanto os negativos. Por isso, geralmente são a 1ª escolha no tratamento desse transtorno.

No entanto, esses remédios podem ter efeitos colaterais como boca seca, sonolência, vertigens, visão borrada ou até mesmo síndromes que sem tratamento rápido podem ser fatais. Por isso, o tratamento só deve ser feito com acompanhamento médico. É importante destacar que o efeito desses medicamentos começa entre 3 a 8 semanas de uso.

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