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Transtorno do Espectro Autista (TEA)

Conjunto de distúrbios no neurodesenvolvimento afeta interação social do paciente

O que é TEA?

O Transtorno do Espectro Autista (TEA) é um conjunto de distúrbios relacionados ao neurodesenvolvimento, que causam uma série de alterações em como o paciente interage com o mundo e em como ele se expressa. Essas alterações vão desde dificuldades de comunicação a comportamentos restritivos e repetitivos ou outros problemas comportamentais, como incapacidade de socialização.

Também chamado de Desordens do Espectro Autista (DEA), o transtorno abrange várias condições médicas, que possuem sintomas e apresentações diferentes, indo de graus mais leves a graves. No entanto, todas são relacionadas a desafios de comunicação e de interação social.

O distúrbio é mais frequente em pacientes do sexo masculino, mas também ocorre em pacientes do sexo feminino (a relação é de uma menina para quatro meninos com o transtorno).

O maior acesso à informação tem permitido diagnosticar melhor os pacientes que possuem os sintomas que caracterizam o TEA. Há algum tempo, o autismo era considerado uma condição rara, com pesquisas mostrando que atingia uma em cada 2 mil crianças. Atualmente, os estudos mostram que uma em cada 100 crianças é diagnosticada com algum grau do espectro.

Segundo a Organização das Nações Unidas (ONU), há cerca de 70 milhões de pessoas com autismo no mundo, sendo dois milhões no Brasil.

Em geral, a condição aparece nos três primeiros anos de vida, quando os neurônios que coordenam a comunicação e os relacionamentos sociais deixam de formar as conexões necessárias. Quando o autismo se manifesta na adolescência e na vida adulta, estão geralmente correlacionadas com o grau de comprometimento e com a capacidade de superar as dificuldades, seguindo as condutas terapêuticas adequadas para cada caso desde cedo.

Quais são os tipos de TEA?

O autismo é um dos tipos de Transtorno do Espectro Autista, que também inclui outras condições que afetam o desenvolvimento neurológico. De acordo com o quadro clínico, o TEA é classificado em:

  • Autismo clássico ou transtorno autista: geralmente, esse tipo causa sintomas mais graves na linguagem, interação social, comunicação, interesses e comportamento, às vezes com deficiências intelectuais, sendo identificado até os 3 anos de vida
  • Síndrome de Asperger: é um tipo mais leve, com a criança tendo mais dificuldade para se relacionar socialmente, mas sem apresentar alteração em seu aprendizado (ela ainda pode ter um aprendizado acima da média e mais foco e interesse por determinados assuntos)
  • Transtorno invasivo do desenvolvimento: forma mais grave da Síndrome de Asperger e menos grave do que o autismo clássico
  • Transtorno desintegrativo da infância ou síndrome de Heller: tipo mais raro e mais grave do TEA, em que a criança apresenta desenvolvimento motor, intelectual, da linguagem e de interação social normal até cerca de 2 e 4 anos, e, a partir de determinado momento, começa a perder todas as capacidades anteriormente adquiridas
  • Distúrbio global do desenvolvimento sem outra especificação: o paciente é considerado dentro do espectro autista por possuir dificuldade de comunicação e interação social, porém os sintomas não são suficientes para incluí-lo nas categorias anteriores (dificultando o diagnóstico)

Somente um especialista é capacitado para estabelecer esse diagnóstico, após avaliar o quadro em específico.

Graus de autismo

Além dos diferentes tipos, também existem graus de diferenciação do autismo:

  • Grau 1 (leve): pacientes possuem maior independência, desempenham facilmente as tarefas no dia a dia, mas apresentam pouco interesse e dificuldade em iniciar ou manter interações sociais, problemas em se expressar, comportamentos repetitivos e restritos, dificuldade em trocar de atividade, problemas para organização e planejamento

  • Grau 2 (moderado): os sintomas costumam ser percebidos com maior facilidade, com os pacientes precisando de suporte moderado para desempenhar atividades, apresentando maior dificuldade de socialização, se comunicando ou não verbalmente, sem realizar contato visual, com comportamentos repetitivos em maior complexidade e seguindo rigorosamente uma rotina

  • Grau 3 (severo): o paciente tem pouca autonomia, necessita de apoio constante para realizar atividades diárias, possui graves déficits de comunicação e interação social, apresenta extrema dificuldade em lidar com mudanças, comportamentos repetitivos e extrema fixação em interesses restritos e dificuldade em mudar de foco ou ações. Em alguns casos, não consegue se comunicar verbalmente e precisa de suporte de um mediador. Com frequência, as condições são associadas ao Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade (TDAH)

  • Autismo regressivo: algumas crianças com autismo podem crescer sem apresentar nenhum sintoma e, com o avançar da idade, perdem as habilidades linguísticas ou sociais que adquiriram anteriormente

Quais são os sintomas de TEA?

Confira uma lista de 10 sinais para os responsáveis observarem na intenção de um diagnóstico dos Transtornos do Espectro Autista:

  • Incapacidade de manter contato visual
  • Dificuldade para expressar ideias e sentimentos
  • Aborrecimento com mudanças na rotina
  • Comportamentos repetitivos e rígidos
  • Maior interesse em objetos e brinquedos (ou parte deles) do que pessoas
  • Incapacidade de se envolver em brincadeiras simbólicas**, como faz de conta, casinha, boneca
  • Maior sensibilidade a sons, luzes, cheiros e toque, ou nenhuma tolerância aos mesmos elementos
  • Não responder ao próprio nome ao ser chamado,** mas a outros sons (como a buzina de um carro ou o miado de um gato)
  • Dificuldades na comunicação (atraso no desenvolvimento da fala, problema para elaborar frases, confundir pronomes)
  • Ter dificuldade para entender gestos, linguagem corporal ou tom de voz

Existem fatores de risco para o transtorno?

Sim. Por mais que as causas do TEA ainda não sejam totalmente conhecidas, fatores genéticos, hereditários e ambientais são capazes de contribuir para o seu desenvolvimento. Confira as principais evidências constatadas:

  • Histórico familiar: pais de uma criança com TEA têm de 2% a 18% de terem um segundo filho com autismo
  • Filhos de pais com idade avançada
  • Gênero: diversas pesquisas sugerem uma maior vulnerabilidade do sexo masculino a transtornos neurológicos
  • Gravidez de alto risco
  • Alterações genéticas, como síndrome de Down, síndrome do X frágil (anomalia no cromossomo X hereditária, responsável por grande número de casos de deficiência intelectual e transtornos comportamentais), síndrome de Rett (distúrbio de neurodesenvolvimento raro com maior incidência em meninas) ou esclerose tuberosa (aparecimento de tumores em diversos órgãos)
  • Infecções virais ou complicações durante a gravidez
  • Parto prematuro, antes das 26 semanas, e complicações durante o nascimento
  • Baixo peso ao nascer
  • Consumo de bebidas alcoólicas, tabaco, medicamentos ou outras drogas durante a gestação

Como é o diagnóstico de TEA?

Para confirmar o diagnóstico clínico, deve-se consultar um pediatra ou um neuropediatra, para que o médico habilitado possa avaliar o comportamento da criança, faça testes com ferramentas específicas e ouça os relatos dos familiares, cuidadores e pessoas próximas.

Se o paciente já estiver mais desenvolvido, a análise pode ser feita por um psiquiatra ou neurologista que tenha se especializado nas primeiras fases da vida ou ainda por um psicólogo que seja especialista em TEA.

Procure sempre a assistência de profissionais de saúde capacitados para obter ajuda e tirar dúvidas sobre qualidade de vida e bem-estar coletivo.

Qual é o tratamento de TEA?

O autismo não tem cura. Uma criança diagnosticada com TEA será autista em todas as fases de sua vida. Porém, ao realizar as intervenções necessárias com acompanhamento médico e psicológico, podem desenvolver as habilidades prejudicadas para ter uma maior qualidade de vida.

As intervenções com terapia comportamental precisam ser iniciadas o mais cedo possível, após a identificação dos sintomas.

O tratamento é multidisciplinar. Além da psicoterapia, pode incluir terapia ocupacional e psicopedagogia para auxiliar nos problemas psicomotores e de aprendizagem. Em alguns casos, sessões de fonoaudiologia são interessantes para ajudar nas dificuldades de fala e comunicação.

Apesar de não existir um medicamento específico para tratar o Transtorno do Espectro Autista, o médico tem como opção indicar remédios antipsicóticos, antidepressivos e ansiolíticos, para ajudar a aliviar alguns sintomas, como comportamento repetitivo, agressividade, ansiedade, depressão ou transtorno do déficit de atenção e hiperatividade (TDAH), por exemplo.

Além disso, no caso de crianças com epilepsia ou crises convulsivas associadas ao TEA, o especialista deve indicar o uso de medicação anticonvulsivante.

O importante é encontrar um profissional de confiança que feche o diagnóstico com segurança e, depois, monitore as manifestações clínicas e oriente os melhores passos para lidar com o transtorno. Fisioterapeutas (quando há limitações motoras) e nutricionistas (no caso de hábitos alimentares restritos) também podem ser indicados.

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