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Cirrose

Hepatites, consumo excessivo de álcool e esteatose são causas desta doença crônica do fígado

O que é a cirrose?

A cirrose é uma doença crônica do fígado, que ocorre quando o tecido do órgão é substituído por fibrose (cicatrizes de lesões e inflamações) e formam-se nódulos que bloqueiam a circulação sanguínea. Essa condição pode surgir em decorrência do alcoolismo ou de outras doenças, como as hepatites B e C e a esteatose (excesso de gordura nesta que é a maior glândula do nosso organismo).

O fígado é um dos principais órgãos do corpo humano (o segundo em tamanho). Ele é o responsável por limpar o sangue, reduzindo a incidência de substâncias nocivas e eliminando possíveis infecções. Além disso, ele tem as seguintes funções: mensurar o percentual de açúcares, gorduras, vitaminas, minerais e proteínas no corpo, contribuir para a boa digestão dos alimentos e regular a quantidade de hormônios no corpo.

A frequência de dores no fígado pode aumentar quando ocorrem infecções ou com doenças genéticas. O exagero no consumo de álcool é um grande vilão, pois causa infecções, evoluindo para um quadro de hepatite crônica e, posteriormente, para uma cirrose hepática.

Outro problema recorrente é a cirrose hepática gordurosa, que é provocada principalmente pelo excesso de gordura no fígado, ocasionada pela obesidade ou sobrepeso e falta de atividades físicas. Caso não seja tratado, esse quadro pode evoluir para uma cirrose ou câncer no fígado.

Entre os sintomas da doença estão dor no abdômen, pele e olhos amarelados, urina escura e fezes esbranquiçadas. Ao sinal de qualquer uma dessas alterações, o paciente deve procurar um hepatologista (médico especialista do fígado) com urgência.

A cirrose é mais comum em homens acima dos 45 anos, mas pode acometer também as mulheres. O uso abusivo de álcool fez crescer o número de portadores da doença nos últimos anos. Os principais fatores de risco para o câncer de fígado são as hepatites B e C e a cirrose.

Quais são os tipos de cirrose?

A cirrose é uma condição que pode ter variações de acordo com a causa e com a maneira como se manifesta no organismo. A doença possui alguns tipos específicos:

  • Cirrose hepática: condição com maior ocorrência, é ocasionada pela lesão das células do fígado, que são substituídas por tecido cicatricial. Pode ser compreendida como o estágio final da fibrose do fígado, em que a maior parte dos casos é irreversível.
  • Cirrose alcoólica: condição decorrente do uso excessivo de bebidas alcoólicas. Pode ser entendida como o estágio avançado da doença hepática alcoólica, representada pelo surgimento de fibrose difusa e nódulos regenerativos.
  • Cirrose biliar: essa condição pode ser subdividida em primária e secundária, sendo decorrente de uma anormalidade no sistema imunológico, que ocasiona inflamações e a destruição de alguns ductos biliares (estruturas ao longo da bile). A bile é um líquido produzido pelo fígado para participar do processo de digestão de gorduras e absorção de nutrientes.
  • Cirrose pós-necrótica: como o próprio nome indica, essa condição está relacionada com a necrose (morte das células) de partes do fígado, muitas vezes em decorrência do uso de drogas ou exposição a bactérias. Além disso, uma das principais causas do desenvolvimento da cirrose pós-necrótica é a infecção por hepatites virais (B e C).

Quais são os estágios da cirrose?

  • Estágio 1: também é conhecido como cirrose compensada, apresenta leve inflamação do fígado, com algumas cicatrizes, porém poucos sintomas
  • Estágio 2: é caracterizado por um aumento na hipertensão portal (aumento anormal da pressão sanguínea na veia porta), além do surgimento de varizes
  • Estágio 3: quando é possível perceber o desenvolvimento do inchaço abdominal e o avanço das cicatrizes presentes do fígado, classificado como cirrose descompensada, podendo surgir complicações como hemorragias, encefalopatia e outras
  • Estágio 4: os pacientes desse estágio desenvolvem Doença Hepática Terminal, em que é necessário um transplante de fígado

Quais são os principais sintomas da doença?

Os principais sinais da cirrose hepática são:

  • Cansaço e fraqueza
  • Pele e olhos amarelados (icterícia)
  • Perda de peso
  • Inchaço no abdômen
  • Líquido na cavidade abdominal
  • Perda de apetite
  • Náuseas frequentes e vômitos
  • Mal-estar geral
  • Fezes esbranquiçadas
  • Sangramento no estômago e intestino
  • Manchas vermelhas na pele, com pequenos vasinhos
  • Inchaço e dores nas pernas e pés
  • Alteração no fluxo menstrual
  • Urina escura
  • Queda de cabelos e pelos
  • Encefalopatia hepática (síndrome que provoca alterações cerebrais provocadas pelo mau funcionamento do fígado)
  • Alterações na pressão arterial

O que leva a ter cirrose hepática?

A cirrose é uma condição lenta, que se desenvolve ao longo do tempo. Dessa forma, é preciso ficar atento aos possíveis fatores que causam o desenvolvimento da doença, entre os quais podemos citar:

  • Alcoolismo: o álcool é uma substância que, se consumida em excesso, causa inchaço do fígado (após anos de consumo da substância, a consequência pode ser o desenvolvimento de uma cirrose)
  • Hepatites virais B e C: as hepatites virais por si só já são uma inflamação no fígado, o que significa que as chances de ocorrer algum tipo de complicação é maior, pois o órgão já foi atingido
  • Alterações no metabolismo: alguns distúrbios como a doença de Wilson (rara, genética, sem cura), em que o corpo não metaboliza o cobre, havendo acúmulo em vários órgãos, principalmente cérebro e fígado, podendo causar danos graves
  • Gordura no fígado: o acúmulo de gordura no órgão dificulta a metabolização dos alimentos ingeridos (com o nome clínico de esteatose hepática, se a condição não for tratada com dieta e exercícios físicos, essa gordura poderá desenvolver uma cirrose
  • Colestase crônica: mais comum de acontecer em pessoas que têm colite ulcerativa (doença inflamatória intestinal), é uma condição em que a bile não consegue ser conduzida do fígado a uma parte do intestino, podendo ser por causa da obstrução das vias biliares pela presença de tumores, pedra na vesícula ou por causa de deficiência da produção de bile
  • Uso de certos medicamentos: alguns remédios em excesso, de uso contínuo, podem provocar inflamação hepática, pois o fígado não consegue metabolizar a grande quantidade dessas substâncias. Alguns exemplos são isoniazida, nitrofurantoina, amiodarona, metotrexato, clorpromazina e diclofenaco sódico

Outros fatores de risco relacionados com o surgimento da cirrose são:

  • Histórico familiar
  • Obesidade ou sobrepeso
  • Diabetes
  • Triglicérides alto
  • Sedentarismo
  • Dieta inadequada
  • Hipertensão arterial
  • Colesterol alto
  • Administração de medicações como esteroides anabolizantes, corticoides, estrógeno, amiodarona, antirretrovirais, diltiazem e tamoxifeno
  • Oscilação de peso, que favorece o acúmulo de gordura no fígado
  • Hipotireoidismo
  • Hipogonadismo (mau funcionamento das gônadas)
  • Distúrbios digestivos
  • Fibrose cística
  • Acúmulo de ferro no organismo
  • Má formação dos ductos biliares
  • Deficiência de alfa-1 antitripsina (doença genética em que há menor produção da proteína AAT no fígado)

Quem tem cirrose pode ter uma vida normal?

Infelizmente, a cirrose não tem cura, pois é uma condição que lesiona o fígado permanentemente. Os tratamentos disponíveis buscam apenas evitar sua progressão e tratar as causas subjacentes, evitando a evolução para estágios mais agressivos.

O único tratamento definitivo que pode reverter os danos causados ao sistema digestivo e recuperar totalmente o funcionamento do organismo é o transplante de fígado, retirando-se cirurgicamente o órgão com cirrose e colocando outro saudável, de um dador compatível. O procedimento é indicado para casos graves.

O diagnóstico precoce e a utilização de terapia apropriada retardam a progressão da fibrose hepática, aumentando a sobrevida. Nas últimas décadas, observou-se tendência a uma melhor evolução da condição, provavelmente pelo diagnóstico mais precoce e a disponibilidade de tratamentos.

Em média, a expectativa de vida dos pacientes com a doença no fígado varia entre 12 e cinco anos, para quem tem, respectivamente, cirrose compensada e cirrose descompensada, que estão entre o estágio 1 e o estágio 3.

Atualmente, existem formas de determinar a expectativa de vida de pessoas com cirrose a partir de um escore para doenças hepáticas. Esses escores são definidos de acordo com a classificação da condição individual de cada paciente, após avaliação clínica com um médico especialista. Eles podem envolver métodos como a Pontuação de Child-Turcotte-Pugh (CTP) e Escala MELD.

Lembrando que o diagnóstico da condição exige grande mudança de hábitos para ter efeitos mais positivos no tratamento: evitar bebidas alcoólicas, controlar o peso, ter alimentação balanceada, dedicar-se a atividades físicas e a outros exercícios saudáveis.

Como investigar a cirrose?

Quando uma pessoa desconfia que está sentindo os sintomas da cirrose, deve rapidamente tentar agendar uma consulta com um hepatologista, pois a condição é agressiva e não é possível curar os danos causados no fígado. Se não tratada com certa urgência, pode ser necessário um transplante de fígado para evitar que a doença leve o paciente à morte.

A investigação do diagnóstico de cirrose hepática é iniciada com uma avaliação dos sintomas apresentados, dos hábitos de vida e do histórico médico. O especialista ainda deve solicitar exames laboratoriais que avaliam a função do fígado, rins e a capacidade de coagulação, além de testes sorológicos para identificar infecções virais.

Os principais exames de sangue requisitados são a dosagem das enzimas hepáticas TGO e TGP, que se encontram elevadas quando o fígado apresenta lesões. Outro nível que pode ser examinado é o de gama-GT, enzima também produzida no fígado e que pode ter sua concentração aumentada em caso de problemas hepáticos.

O médico hepatologista pode ainda solicitar a realização de tomografia computadorizada, ressonância magnética ou endoscopia, exames de imagem que mostram a região abdominal, para avaliar o fígado e identificar regiões lesionadas, além de indicar a necessidade de realização de biópsia.

A biópsia de fígado não é feita com o objetivo de diagnóstico positivo, mas sim para determinar gravidade, extensão e causa da cirrose.

Como tratar a doença?

A primeira coisa a fazer diante do diagnóstico de cirrose é eliminar o agente agressor, no caso de álcool e drogas, ou combater o vírus da hepatite. Os medicamentos utilizados no tratamento da cirrose são voltados para alívio dos sintomas, como fadiga e desconforto, ou para tratar uma condição subjacente.

O médico responsável pelo acompanhamento da doença verifica a possibilidade de fazer uso de algum fármaco.

O importante para quem convive com essa condição é estar alerta a qualquer sintoma e seguir um estilo de vida saudável (interromper o consumo de álcool, praticar exercícios e manter uma alimentação balanceada, sem gorduras).

Também é fundamental manter uma rotina médica, sempre monitorando o desenvolvimento ou surgimento de novas complicações decorrentes da cirrose. Outro fator que pode ajudar é se proteger de resfriados e gripes, mantendo sempre a vacinação em dia.

Para casos mais graves, o transplante de fígado pode ser a única solução para a cura definitiva da doença.

Como prevenir problemas no fígado?

  • Evitar o uso abusivo de álcool
  • Controlar o peso e manter alimentação balanceada
  • Fazer exercícios físicos frequentemente
  • Tomar medicação contínua somente com orientação e acompanhamento médico
  • Fazer exames regularmente
  • Utilizar preservativo nas relações sexuais e seringas descartáveis para evitar a contaminação pelos vírus das hepatites B e C
  • Evitar o compartilhamento de objetos pessoais
  • Não descuidar do tratamento para as hepatites B e C crônicas a fim de que não provoquem cirrose
  • Vacinar-se contra hepatite B para evitar o risco de contrair essa doença
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