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Paralisia de Bell

Paralisia facial periférica aguda impede movimentos em um dos lados do rosto

Artigo revisado pelo Dr. Fábio Poianas Giannini (CRM 100.689)

O que é paralisia de Bell?

A paralisia de Bell é um acontecimento benigno. Há a suspeita de que tenha origem em uma doença viral na maioria dos casos de paralisia de Bell, embora não haja um método estabelecido ou amplamente disponível para confirmar a principal causa.

Danos ao nervo causam fraqueza ou paralisia desses músculos, e a pessoa não consegue usá-los, ficando com a boca torta ao falar, por exemplo. Na maioria das ocorrências, a condição é apenas temporária e melhora de modo significativo em semanas.

Quando acontece, o problema faz com que parte da face fique parecendo caída, ou seja, a pessoa fica com o rosto torto. Com isso, sorrisos são unilaterais e, no lado afetado, o olho resiste a fechar. No entanto, o que causa a paralisia no rosto não é algo completamente conhecido.

Também chamada de síndrome de Bell, doença de Bell ou paralisia facial periférica aguda, a condição pode ocorrer em qualquer idade. Acredita-se que é causada por inchaço, pela inflamação do nervo facial ou por uma infecção viral.

A paralisia de Bell representa aproximadamente metade de todos os casos de paralisia periférica do nervo facial. A taxa de incidência anual está entre 13 e 34 casos por 100 mil habitantes.

Em geral, dentro de semanas, os sintomas melhoram, com recuperação completa em seis meses. Somente um número pequeno de pessoas segue com alguns sintomas de paralisia facial pelo resto da vida e é raro que a condição ocorra mais de uma vez.

Quais são os sintomas?

Às vezes, o paciente pode ter um resfriado pouco antes do aparecimento dos sintomas da paralisia facial. Em geral, os sinais surgem de repente, mas também podem demorar entre 2 e 3 dias para começar. Depois disso, os sintomas não se tornam mais graves.

Em muitos indivíduos com paralisia de Bell, a dor de ouvido é uma queixa. Outros relatam um desconforto na parte atrás da orelha antes que seja notada a paralisia.

O rosto fica com uma aparência rígida ou como se estivesse puxado para um lado, bem diferente do normal. Outros sinais podem incluir:

  • Começo rápido de uma leve fraqueza até a total paralisia em um dos lados do rosto, o que pode ocorrer em um período de horas a dias
  • Queda em áreas do rosto, como na pálpebra ou na boca
  • Dificuldade de conter a salivação em excesso (baba)
  • Há dificuldade para conseguir realizar expressões faciais**, como sorrir ou mesmo fechar os olhos
  • Sensação de perda do paladar
  • No lado afetado, há uma maior sensibilidade ao som
  • Sensação de dor atrás ou dentro da orelha no lado afetado e ao redor da mandíbula
  • A quantidade de lágrimas produzidas é alterada
  • Se houver uma infecção, como a doença de Lyme, há dor de cabeça
  • Dificuldade para comer e beber, porque de um lado da boca a comida cai

A paralisia chega a atingir os nervos nos dois lados do rosto em casos raros:

  • Boca seca
  • Olho seco, que é capaz de resultar em infecções ou feridas nos olhos
  • Espasmos ou fraqueza dos músculos da face

Qual a diferença entre paralisia de Bell e AVC?

A recomendação é que as pessoas procurem imediatamente ajuda médica se tiverem alguma espécie de paralisia na face. Sintomas como rosto paralisado de um lado e boca entortando sozinha podem ser sinais de um tipo de acidente vascular cerebral (AVC).

Por isso, se você tiver fraqueza facial, consulte um médico neurologista para descobrir a causa relacionada e a gravidade da doença. Ao contrário da paralisia facial, sintomas de um AVC geralmente aparecem de repente.

A diferença é que a síndrome de Bell não causa paralisia em outras partes do corpo, como ocorre no AVC, já que o problema se restringe ao rosto. Além disso, no AVC, em geral, a boca entorta, mas o olho não é afetado.

Como é feito o diagnóstico?

O diagnóstico da paralisia de Bell costuma ser clínico, ou seja, não depende de exames complementares. Muitas vezes, a paralisia facial pode ser diagnosticada somente com um exame físico completo e um histórico de saúde. Testes complementares são restritos aos casos que demoram a melhorar.

Alguns tipos de sorologias (estudo do líquido separado do sangue após ele coagular) para doenças infecciosas causadas por bactérias e vírus podem se mostrar úteis. Exames de sangue serão feitos a fim de procurar outros problemas de saúde, como a doença de Lyme, uma das que são capazes de causar paralisia facial.

Para casos persistentes, pode ser preciso realizar um exame para verificar os nervos dos músculos da face, como eletroneuromiografia. O teste de condução nervosa verifica a velocidade com que os sinais elétricos se movimentam em um nervo.

Caso o médico fique preocupado que existam outras causas para os sintomas, ele pode solicitar:

A cirurgia de descompressão, realizada com o objetivo de aliviar a pressão no nervo, não demonstrou benefícios para a maior parte dos pacientes com paralisia de Bell.

Quais são as causas da paralisia facial?

Embora a razão exata das causas da paralisia facial não seja clara, ela pode ter relação com uma infecção de origem viral. Alguns dos vírus que foram identificados com associação à paralisia de Bell incluem:

  • Varicela e herpes zóster
  • Herpes labial e herpes genital (herpes simplex)
  • Infecções por citomegalovírus
  • Mononucleose infecciosa (Epstein-Barr)
  • Caxumba
  • Rubéola
  • Gripe
  • Doenças respiratórias (adenovírus)
  • Doença mão-pé-boca (coxsackievirus)
  • Doença de Lyme
  • Infecção HIV/Aids
  • Infecção do ouvido médio
  • Sarcoidose (inflamação que atinge os olhos, gânglios linfáticos, fígado, pulmões, pele ou outros tecidos)

Quais são os fatores de risco?

Com mais frequência, a paralisia de Bell ocorre em:

Ataques recorrentes de paralisia facial são raros. No entanto, quando se repetem, geralmente existe um histórico familiar. Portanto, a paralisia de Bell pode voltar a ocorrer em alguns casos, mas isso sugere a possibilidade de que a doença tenha algo a ver com os genes.

Quais podem ser as complicações da doença?

De maneira geral, em casos leves da paralisia de Bell, sinais de melhora ocorrem em semanas e a condição desaparece dentro de um mês. No entanto, a recuperação de um caso de maior gravidade, em que o rosto ficou completamente paralisado, pode variar. Eventuais complicações incluem:

  • Danos ao nervo facial irreversíveis
  • Crescimento das fibras nervosas de forma irregular: essa condição pode acarretar contração de certos músculos de maneira involuntária quando a pessoa está tentando mover outras áreas (sincinesia). Por exemplo, ao sorrir, o olho se fecha do lado afetado do rosto
  • Cegueira completa ou parcial do olho que não consegue fechar: isso é causado por secura excessiva e arranhões da córnea (a cobertura protetora transparente do olho)

Quanto tempo dura a paralisia?

A maioria das pessoas se recupera completamente em 6 ou 9 meses, mas é capaz de levar mais tempo em outros indivíduos. Em um pequeno número de casos, a fraqueza facial pode ser permanente.

Volte ao médico se não houver sinais de melhora após 3 semanas, mesmo com os tratamentos para a paralisia de Bell.

Viver com a paralisia pode fazer a pessoa se sentir deprimida, estressada ou ansiosa. O paciente deve procurar um clínico geral se a condição estiver afetando sua saúde mental. O médico irá avaliar a necessidade de encaminhamento para um especialista como psiquiatra e/ou psicólogo.

Qual é o tratamento para paralisia de Bell?

A paralisia de Bell tem cura, apesar de o tratamento não reverter a paralisia do nervo facial, visto que ele apenas ajuda o paciente a melhorar mais rápido, em especial se for iniciado nos primeiros dias dos sintomas.

A maior parte dos pacientes são tratados com remédios que ajudam a diminuir o inchaço e melhoram as chances de cura total. Para a paralisia facial, o tratamento com medicamentos se torna mais eficaz quando iniciado precocemente, no prazo de três dias após os primeiros sintomas.

Por vezes, quando a fraqueza facial é considerada mais grave, remédios antivirais são utilizados em conjunto com os corticoides. Determinados estudos indicaram um ganho adicional na utilização destes medicamentos em pessoas com fraqueza facial muito acentuada. Não existe a comprovação de outras formas de tratamento.

A pessoa deve manter cuidados com os olhos se não conseguir fechar um deles. Existe o risco de ocorrer lesões permanentes da córnea, a cobertura protetora transparente do olho, caso o olho fique seco em excesso.

O paciente deve usar lágrimas artificiais a fim de manter a umidade do olho. Caso o olho não feche totalmente, a pessoa deve protegê-lo com óculos ao longo do dia. Para evitar lesões da córnea, é necessário bloquear a pálpebra superior ao dormir.

É possível evitar a paralisia de Bell?

Como é provável que a causa seja uma infecção, em geral, a paralisia de Bell não pode ser evitada. Como ela pode estar ligada ao vírus herpes, não há nenhuma forma conhecida para a prevenção da paralisia facial.

Em geral, você só terá a doença uma vez, no entanto, ela pode voltar às vezes.

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