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Zumbido no ouvido

Condição pode ser sinal de perda auditiva ou de uma série de problemas de saúde

O que é o zumbido no ouvido?

O zumbido no ouvido é a sensação de estar percebendo algum tipo de som, sem que esse ruído esteja efetivamente ali ou naquele ambiente. Conhecido também como acufeno ou tinnitus, acontece quando a pessoa consegue escutar constantemente um som ou um barulho incômodo, que pode vir na forma de chiados, apitos, cigarra, cachoeira, cliques ou estalos.

Esses barulhos podem ser leves, escutados somente durante o silêncio, ou mais intensos, a ponto de persistirem durante todo o tempo.

Essa condição pode ser temporária, resolvendo-se sem a necessidade do uso de medicamentos, ou pode durar vários dias. O zumbido tem incidência em todas as faixas etárias, no entanto, é mais frequente em idosos.

De modo geral, ele acaba sendo um sinal de que algo não vai bem no corpo do paciente. O zumbido não é uma doença, trata-se de um sintoma relacionado a diferentes alterações na saúde, que necessitam ser identificadas.

A condição pode sinalizar perda auditiva ou até mesmo de lesão na estrutura dos ouvidos do paciente, mas também pode ser apenas o resultado do mau uso do canal, com uma exposição prolongada a fones ou um show de rock, por exemplo.

O zumbido no ouvido nem sempre tem cura, em especial se é o resultado de perda auditiva. É preciso descobrir quais são as causas do zumbido no ouvido para tratá-lo adequadamente, já que existem diversas condições que podem fazer com que a pessoa escute esse barulho, que vão desde um excesso de cera a disfunções na mandíbula.

De acordo com a Associação de Pesquisa Interdisciplinar e Divulgação do Zumbido (APIDIZ), cerca de 40 milhões de brasileiros apresentam zumbido no ouvido, o que representa 19% da população do país.

No mundo, um estudo recente, publicado na revista médica Jama Neurology em agosto de 2022, mostra que cerca de 14% dos adultos sofrem com zumbido no ouvido, o que representa um total de 740 milhões de pessoas.

Quais podem ser as causas do zumbido no ouvido?

O zumbido no ouvido pode ser pode ser o sintoma de mais de 200 problemas de saúde, que vão de questões odontológicas até psicológicas, passando por questões hormonais, doenças do labirinto, alterações vasculares, problemas musculares e aumento do colesterol.

Entre as principais causas, estão:

  • Perda de audição
  • Excesso de cera
  • Infecções e inflamações (otite, labirintite, gripes, resfriados, Covid-19)
  • Corpos estranhos e lesões no canal auditivo
  • Doença de Ménière (distúrbio no ouvido interno)
  • Envelhecimento
  • Tumores cerebrais ou no sistema auditivo
  • Trauma craniano e desvios de coluna
  • Traumas acústicos e barulhos excessivos
  • Doenças crônicas (hipertensão, diabetes, obesidade, anemia, AVC, esclerose, alterações hormonais, artrite reumatoide, lúpus)
  • Estresse e doenças psiquiátricas (depressão, ansiedade)
  • Problemas odontológicos (Disfunção temporomandibular)
  • Alimentação inadequada
  • Uso excessivo de certos medicamentos

Quando procurar um médico em caso de zumbido no ouvido?

Assim que o zumbido surge, deve-se procurar um especialista em Otorrinolaringologia. Quanto mais cedo isso for feito, maior é a chance de se ter sucesso no tratamento. O otorrinolaringologista realizará uma série de exames para buscar identificar a causa do sintoma.

A partir do momento que o zumbido passa a atrapalhar as atividades do indivíduo, a qualidade do sono e das atividades diárias, persistindo após dias ou semanas, o auxílio médico é essencial. Além de diagnóstico correto e tratamento, apoio psicológico tem grande influência nos resultados.

Como diagnosticar o zumbido no ouvido?

O diagnóstico de zumbido no ouvido é feito por exclusão e depende de cada caso. O médico faz um exame clínico e analisa o histórico do paciente. Normalmente, o otorrinolaringologista solicita uma audiometria para testar a capacidade auditiva. Além disso, ele também pode pedir exames de sangue para investigar possíveis causas do problema.

Como tratar o zumbido no ouvido?

O tratamento para o zumbido no ouvido depende da causa que originou esse sintoma e pode incluir medidas simples como a remoção de um tampão de cera que pode estar obstruindo o ouvido ou o uso de antibióticos para tratar a infecção que está causando este desconforto.

O maior desafio no tratamento do zumbido é justamente descobrir sua causa, já que ele está relacionado a mais de 200 motivos. Como as causas são variadas, a intervenção deve ser multidisciplinar.

Odontologia, psicologia, fisioterapia e fonoaudiologia são algumas das áreas que atuam em conjunto para cuidar dos pacientes. O tratamento pode ser feito por meio de medicação (prescrição de ansiolíticos ou antidepressivos, terapia de som, cirurgia, fisioterapia e terapias alternativas (acupuntura e técnicas de relaxamento, dependendo da origem do sintoma.

Se a causa for alteração hormonal, pressão alta, diabetes ou colesterol alto, essas condições também precisam ser tratadas e acompanhadas pelos seus respectivos especialistas (endocrinologistas e cardiologistas).

Não existe um único remédio responsável por curar o zumbido no ouvido, entretanto, alguns podem ser utilizados como formas de tratamento ou, pelo menos, para aliviar os sintomas. Algumas opções incluem:

  • Ansiolíticos ou antidepressivos, como Lorazepam ou Sertralina, por exemplo, como forma de aliviar os sintomas ansiosos e depressivos, podendo também melhorar a qualidade do sono, que desencadeiam ou pioram o zumbido
  • Vasodilatadores, que atuam dilatando os vasos do ouvido, como Betaistina ou Cinarizina, por exemplo, podem ser úteis em algumas situações, como vertigem ou espasmo dos vasos sanguíneos cerebrais
  • Anti-histamínicos, que possuem efeito sobre os zumbidos devido à sua ação vasodilatadora e anticolinérgica

Estes medicamentos são indicados pelo médico e, de preferência, devem ser utilizados por um período limitado, até que os sintomas sejam aliviados.

Por outro lado, sabe-se que o uso de alguns remédios pode desencadear o zumbido, e, caso eles estejam sendo usados por uma pessoa com este sintoma, deve-se conversar com o médico para que sejam retirados ou substituídos. Alguns exemplos são AAS, anti-inflamatórios, quimioterápicos, alguns antibióticos e diuréticos.

Em casos de perda auditiva, dependendo do grau, o uso de aparelhos auditivos pode abrandar o sintoma ou mesmo eliminá-lo. A tecnologia atual dos aparelhos permite programações específicas para zumbido mesmo nas pessoas que não apresentam início de surdez.

Terapia de Habituação

Algumas pessoas podem sofrer com zumbido no ouvido de maneira crônica. O mais importante é a pessoa estar ciente de que não existe um único tratamento para todos. Cada caso precisa ser avaliado individualmente.

Em alguns pacientes, após extensa investigação, não se encontra uma causa. Mesmo nesta situação, existem medicamentos e terapias disponíveis para tratar o zumbido.

Uma técnica muito difundida é a Tinnitus Retraining Therapy (TRT), terapia de adaptação desenvolvida nos anos 1990. Ela se baseia na capacidade cerebral de plasticidade, isto é, o cérebro se habituar com o som a ponto de não mais notá-lo.

A primeira etapa da terapia é dedicada a definir as principais características do zumbido. O paciente ouve um chiado e vai orientando modificações de timbre, frequência (grave ou aguda) e volume, até que se consiga chegar ao som mais parecido com o que ele escuta.

Com base nesse achado, o especialista configura um aparelho que gera um chiado padrão em volume um pouco mais baixo que o zumbido ouvido. Atualmente, esse gerador de som pode ser embutido no próprio aparelho para surdez.

Os dois ruídos mais comuns são chamados de “White Noise” e “Pink Noise”, e o paciente escolhe com qual dos dois se sente mais confortável e adaptado. O objetivo é desviar a atenção do cérebro do zumbido para o chiado, e como o som deste último é contínuo e monótono, a pessoa para de prestar atenção.

A meta é treinar o cérebro para lidar com o zumbido da mesma forma que lida com o som de uma máquina do dia a dia, como geladeira, ar-condicionado ou computador: ligada, rapidamente é ignorada, a ponto de só voltar a perceber que emitia o ruído quando ela é desligada.

O tratamento é longo, estende-se por 18 a 24 meses, e durante todo esse tempo é feito um aconselhamento psicológico. O ideal é procurar orientação se o zumbido persistir por mais de um dia, mesmo acreditando que será possível habituar-se sozinho.

Como prevenir o zumbido no ouvido?

Como o zumbido é um sintoma que pode estar associado a inúmeras doenças e ser de origem multifatorial (ter vários fatores que desencadeiam), é importante, ao longo da vida, prestar atenção a certos hábitos "evitáveis" que prejudicam a audição e podem desencadear zumbidos.

Ter um sistema imunológico forte é sempre uma boa maneira para prevenir infecções e inflamações. Por isso, é essencial ter um dia a dia saudável, com alimentação balanceada e exercícios físicos. Além disso, é recomendado:

  • Evitar ambientes com alta intensidade de ruído sonoro. Se não puder evitar, como trabalhadores expostos a ambientes barulhentos, utilize os EPIs (Equipamentos de Proteção Individual) necessários, como protetores de ouvido
  • Manter uma rotina anual de exames
  • Não fumar
  • Evitar bebida alcoólica em excesso
  • Evitar excesso de açúcares, chocolates e alimentos com cafeína
  • Beber bastante água
  • Prestar atento à pressão sanguínea
  • Investir em uma rotina de sono saudável: dormir bem controla o estresse, promove a imunidade e estimula o seu bem-estar
  • Praticar exercícios regularmente melhora a circulação e estimula a atividade neurológica
  • Realizar atividades relaxantes para controlar o estresse e cuidar da mente.
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